Dia dos Mortos

Dia dos Mortos

O apocalipse continua. A infestação Zumbi vai dominando o planeta e poucos são os sobreviventes. Uma das esperanças da raça humana, o excêntrico Dr. Logan conduz experiências em um complexo subterrâneo, até que tudo sai do controle.

Esta semana estamos comemorando o Terceiro Aniversário do Vai Assistindo e nada melhor do que oferecer a vocês leitores mais um especial, desta vez homenageando outro ícone dos filmes de Terror George Romero.
Fiquei com o desafio de fazer a primeira postagem do especial e escolhi o terceiro filme da Trilogia Clássica dos Zumbis de Romero: “O Dia dos Mortos”.

O filme começa dando seqüência aos fatos narrados nas películas anteriores, o mundo já está assolado pelo Apocalipse Zumbi, hordas e mais hordas de mortos-vivos cobrem o planeta. A humanidade esta reduzida a poucos grupos de sobreviventes isolados.

Um destes grupos se refugia em uma antiga mina, adaptada pelo governo americano em um complexo de arquivos e laboratórios. O grupo heterogêneo é formado por militares e pesquisadores que tentar conviver em harmonia neste ambiente sufocante e claustrofóbico.
As experiências realizadas principalmente pelo Dr. Logan demandam a captura de zumbis vivos pois o cientista tenta “domesticar”, chegando a ter bons resultados com Bub um dos espécimes coletados.


A relação entre os membros do grupo vai se tornando cada dia mais difícil e acaba culminando em grandes problemas. Crises interpessoais, uma mina abandonada sem muito lugar para onde se fugir e um mundo repleto de zumbis são todos os fatores necessários para um grande desastre.

Mais uma vez Romero aposta na formula de sucesso já testada em “Dawn of the Dead”, apresenta um novo núcleo formado de novos personagens em novas situações. Um dos motivos de empregar tal tática é apresentar para os espectadores diversos pontos de vista do mesmo caos.

O cenário do filme, uma mina readaptada, passa uma sensação claustrofóbica ao espectador, aproveitando este ambiente o filme abusa das tomadas escuras e jogos de sombras. Este ambiente recluso oferece a Romero uma oportunidade de trabalhar com os aspectos psicológicos de seus personagens, podemos seguramente afirmar que os dramas e relações interpessoais são uma fonte maior de suspense e crise do que a própria existência dos zumbis.


As costumeiras criticas sociais de Romero estão novamente presentes e talvez Bub, o zumbi domesticado, talvez seja a maior destas criticas. Ao serem apresentados objetos cotidianos o zumbi parece se lembrar vagamente da utilidade de cada um dos objetos, mas assim que colocam uma arma em sua frente ele imediatamente se lembra como ela funciona, uma alegoria de Romero para a violência inerente ao ser humano ?

Outro ponto interessante é o upgrade feito nos zumbis. Enquanto que no filme “Dawn of the dead” eles são lentos e após agarrarem suas presas demoram uma eternidade para os morderem, neste filme assistimos a zumbis mais rápidos e vorazes, que conseguem até mesmo utilizar equipamentos, uma espécie de versão 2.0 dos zumbis.

Embora “Dawn of the Dead” tenha uma dose considerável de sangue, este filme é o mais visualmente violento de todos: litros e litros de sangue, órgãos em profusão e corpos rasgados ao meio são comuns na película, mais um grande trabalho de Tom Savini. Lembro-me que o filme quando chegou às locadoras em idos de 1986-87 chegou a ter sua locação proibida para menores.


Embora reúna elementos clássicos e novos ensaios, o filme é o mais fraco da trilogia. O enredo não tem as inovações dos anteriores e o espectador consegue perceber em pouco tempo o que vai dar errado no final do filme, que alias deixa um pouco a desejar.

Em meu ponto de vista um dos maiores problemas com a versão nacional é a dublagem, tosca e com voz empostada o tempo todo. Se puderem assistam a versão original legendada.
O dia dos Mortos, um filme que tem alguns problemas, mas que é um prato cheio, de vísceras e sangue, para os fãs de Romero.

Você também pode assistir o filme em www.filmesonline.name

http://www.filmesonline.name/2013/05/assistir-dia-dos-mortos-day-of-dead.html
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About Rodrigo Bello

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